O que é Slow Fashion

 





Em tradução literal, a expressão slow fashion significa “moda lenta” ou, ainda, “moda devagar”. Embora inusitado, o termo pode ser compreendido a partir da direta contraposição à lógica de funcionamento do mais conhecido fast fashion, da moda prática, da produção em série, do Prêt-à-Porter.

Sem dúvida que, face à crescente impulsão dos movimentos de proteção ambiental, a sociedade contemporânea vive um período de retorno às origens, digamos assim. Ou seja, de volta a um estilo de vida mais simplificado, que priorize a utilização consciente de matérias-primas e minimize a degradação da natureza.

Cada vez mais aumenta a procura por linhas de produção sustentáveis, em diversos segmentos de mercado. Por exemplo, o movimento clean beauty, na indústria cosmética fatura, atualmente, mais de U$ 41 bilhões. E, abocanha a expressiva parcela de 40,2 % de fatia de mercado, em comparação aos produtos tradicionais. 

Nesta mesma corrente, o slow fashion chega como uma alternativa adequada ao consumo desenfreado de roupas e acessórios. Mais que um segmento de mercado, o slow fashion é um movimento. E, se propõe a estimular uma mudança de perspectivas, criar um novo estilo de vida, com conceitos e mindset renovados na sociedade.

E , que tal conhecer mais sobre esse conceito que está revolucionando o mercado? 

A Caiana  é uma marca de roupas com produção slow fashion, e nosso propósito é criar peças  com responsabilidade social e ambiental, oferecendo um trabalho justo com remuneração adequada para todos os envolvidos nos processos produtivos, além de minimizar os dados ambientais com práticas sustentáveis. 

Acreditamos que a conscientização é o caminho para a transformação no consumo de moda nos dias de hoje. Precisamos falar sobre como a moda limpa pode favorecer sua beleza, seu bolso e, também, o futuro do planeta. Vamos lá?





 Principais diferenças entre Slow e Fast Fashion? 

 

            Antes de mais nada, a melhor maneira de entender o conceito de slow fashion é por oposição ao conceito já estabelecido de fast fashion. Como assim?

Porque a moda rápida foi idealizada, principalmente, no meio do século passado, como a evolução dos padrões antigos, das roupas por encomenda e das peças feitas à mão.

Nesse sentido, surgiu o chamado prêt-à-porter, um dos primeiros sistemas da moda em larga escala, da produção em massa, que deu ensejo à indústria que conhecemos hoje. De fato, foi com o prêt-à-porter que a moda deu o maior salto de consumo, o que acabou influenciando a vaidade de milhões de pessoas no mundo todo.

Na verdade, foi como um sistema de retroalimentação positiva. Isto é, quanto mais roupas rápidas se produzia, mais a vaidade social crescia o que, novamente, aumentava a demanda por mais roupas ainda. 

Todo esse contexto, portanto, determinou os parâmetros de como a sociedade passou a enxergar o vestuário. A partir desse modelo, quanto mais vaidosa a sociedade, as linhas de produção se tornavam cada vez mais expressas. Ao mesmo tempo em que a preocupação com os cuidados sanitários e ambientais foram preteridos, bem como houve total desvalorização da mão-de-obra.

Por certo, antes da moda rápida, as roupas eram construídas para durar diversos anos, as matérias-primas eram primordialmente naturais. E, as costureiras e estilistas eram muito bem conceituados.

Contudo, a partir do surgimento da esteira de fabricação em massa da moda rápida, as peças de roupas passaram a ser transitórias e frágeis. Certamente, quase descartáveis.

 

 Então, afinal, o que é Slow Fashion?

 

Conceitualmente, o slow fashion pode ser definido como um conjunto de praticas econômicas e sociais que tem o intuito de prezar pela sustentabilidade, processos de produção limpos, pela valorização dos materiais e da mão-de-obra trabalhadora.

Acima de tudo, no entanto, o slow fashion estimula a prática do consumo consciente. Isto é, o respeito aos recursos naturais e a utilização de produtos - quaisquer que sejam - priorizando a necessidade, ao invés da vontade. Desta forma, o consumo consciente preza por evitar o desperdício.

Na moda, esse preceito se traduz por meio da reciclagem de materiais, da reutilização de tecidos, no abandono das fibras sintéticas. E, igualmente, na redução dos resíduos têxteis.

Apenas a título de exemplificação, de acordo com dados da ShareCloth, cerca de 150 bilhões de peças de roupa são produzidas todos os anos. E, dessas linhas, por volta de 30% não são vendidas e, simplesmente, acabam jogadas no lixo.

Em outro relatório da fundação Ellen McArthur, 73% dos resíduos têxteis são desperdiçados todos os anos em aterros sanitários. E, isso equivale a um caminhão de lixo de retalhos sendo jogado fora a cada segundo! Assombroso, não?

Confira, então, a seguir, as principais características e ideias por trás do slow fashion, conceito que foi amadurecendo com o passar do tempo. E, atualmente, é a maior tendência em moda do mercado. Dá só uma olhada!

 Localização x Globalização no slow fashion 

Enquanto o fast fashion prioriza a padronização da moda, ou seja, a certa uniformização do vestuário, entre diferentes regiões do mundo, o slow fashion vai na contramão. Segundo o conceito, a moda deve acompanhar as diferenças culturais e os recursos naturais específicos de cada local do planeta.

E, se acaso alguma matéria esteja escassa, a prática prioriza a troca ou o compartilhamento, ao invés da compra e venda. Desse modo, o slow fashion valoriza o público local, os consumidores, tecidos naturais mais nobres. E, por isso, descentraliza a produção em massa.

 Sistema de produção local e valorização da mão-de-obra 

Em segundo lugar, no slow fashion é importante conhecer os processos de produção, assim como a ordem do trabalho e segurança do trabalhador. Nesse sentido, é fundamental observar, principalmente:

             A transparência da empresa no tipo de mão de obra utilizada;

             As condições regulares, legalizadas e justas de trabalho (prática chamada de fair trade);

             Cadeia de distribuição de materiais e, por fim,

             Como a fábrica planeja e direciona seus resíduos (ideais são aquelas que praticam o zero waste fashion)

Nesse contexto, a produção das peças é mais artesanal, no slow fashion, e conta com a participação de cooperativas comunitárias da região. O movimento propõe que empresas tenham transparência no modo de conduzir suas linhas de produção. Bem como, propõe que o consumidor boicote toda e qualquer empresa que ainda se preste a realizar trabalho escravo.

E, com isso, diminuem os intermediários do processo, o que aproxima a relação produtor-consumidor na cadeia de consumo. Esse dado estabelece uma relação de confiança do cliente com a marca, além de aumentar a durabilidade das peças, criando, assim, um modelo de negócio em que, tanto o cliente quanto o funcionário se sentem reconhecidos e valorizados.

 Sustentabilidade e Ecologia no slow fashion 

Por fim, a terceira principal característica do slow fashion são as práticas sustentáveis na utilização de tecidos. Desde a priorização de tecidos nobres e naturais, até a preferência pela reutilização de retalhos, com o intuito central de evitar o desperdício.

A utilização de retalhos não apenas é econômica, mas imperceptível no resultado final da fabricação das peças. E, pode prolongar a vida útil de roupas, calçados e acessórios, também.

De maneira geral, a slow fashion tenta unir moda e responsabilidade social, provando que chique é preservar o futuro do planeta. E, garantir direitos básicos a todos.

A Caiana tem orgulho de conhecer e propagar esse estilo de vida. Se você quer fazer parte desse conceito e conhecer mais a marca, assine nossa newsletter para receber as promoções e conteúdos em primeira mão, que só os assinantes têm acesso. Site Fique ligado e até a próxima!


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